1. |
emily synth demo
03:21
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2. |
cidade dos anjos (wip)
02:28
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3. |
big
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4. |
bluegreendiamond
00:55
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5. |
mini
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6. |
i cant help it (wip)
00:55
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I CAAAAN'T HEEEELP IIIITTTT
I CAAAAANNOOOOTTTT HEEEELP IIIIITTTT
ALL I DO IS FUCK UP AND ALL I DO IS FUCK UP
AND I WILL FUCK UP EVEN MORE
NO I CAAAAANNNOOOOTTTT HEEEELP IIIIIIIIITTTTTTT
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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7. |
ochre (wip)
00:27
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8. |
chuaaaaa (wip)
00:32
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9. |
murder rampage
00:37
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10. |
beat4julia
00:53
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11. |
styrofoam w drums
00:37
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my bones
are styrofoam
crumbled up
on the ground
pick em up
suit yourself
i don't
need them anymore
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12. |
im daf pumk
01:02
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13. |
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14. |
bubby
01:04
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15. |
pocoyo
00:38
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16. |
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17. |
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18. |
endless falling
01:18
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19. |
olivia.als
00:32
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20. |
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i think we could do it if we tried
if only to say you're mine
sofia know that you and i
shouldn't feel like a crime
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21. |
ears hurt melody (wip)
01:08
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22. |
bug slideshow
01:15
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23. |
buryburyburybury
00:28
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24. |
wint
00:25
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25. |
cyan beat
00:28
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26. |
wait no
00:42
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27. |
gabunginator
00:32
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28. |
AGHHHH
00:45
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29. |
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30. |
solta a vinheta !!!
00:29
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31. |
bewbewbewbewbew
00:41
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32. |
avenir (wip)
02:24
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33. |
bunky (very unfinished)
00:42
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34. |
randall's theme
01:06
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35. |
moe techno
00:57
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36. |
pink beat
00:50
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37. |
klasky csupo
00:34
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38. |
asriel jumpscare
00:19
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39. |
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40. |
cra-z
00:24
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41. |
acopalices
00:48
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42. |
dark evil beat
00:32
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43. |
ICFSU!!!!!!!!!!!!!!
00:52
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I DONT WANNA DO ANYTHING THAT U WANT ME TO DO
IM JUST TRYNA FIND OUT WHAT THE HELL IS WRONG WITH U
IM WAY TOO EXHAUSTED WHY CANT U JUST READ THE ROOM
UR WAY TOO ANNOYING I CANT FUCKING STAND U
I CANT FUCKING STAND U!!!!!!!!!!!!!!!!!
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44. |
stalinwave
01:05
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45. |
low blood pressure beat
04:33
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46. |
emotional support beat
02:30
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47. |
tentação
04:27
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ela estava com soluço. e como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. e como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. que fazer de uma menina ruiva com soluço? olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. na rua deserta nenhum sinal de bonde. numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. o que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em grajaú. a possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. era um basset ruivo.
lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. desprevenido, acostumado, cachorro.
a menina abriu os olhos pasmada. suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. sua língua vibrava. ambos se olhavam.
entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. ele fremia suavemente, sem latir. ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. quanto tempo se passava? um grande soluço sacudiu-a desafinado. ele nem sequer tremeu. também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
que foi que se disseram? não se sabe. sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. sabe-se também que sem falar eles se pediam. pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
no meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. e no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de grajaú. mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
mas ambos eram comprometidos.
ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. ele, com sua natureza aprisionada.
a dona esperava impaciente sob o guarda-sol. o basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.
mas ele foi mais forte que ela.
nem
uma
só
vez
olhou
para
trás.
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